Editorial de Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa, publicado na mais recente edição da AFL Magazine. Artigo que encerra a rubrica de opinião da temporada 2022/2023.
Se dúvidas pudessem existir, a época que agora findou veio comprovar de forma inequívoca a supremacia dos clubes filiados na Associação de Futebol de Lisboa no contexto nacional, quer no futebol, como também no futsal, tantos foram os títulos alcançados, aguardando-se que no futebol de praia tal também possa acontecer. Uma posição de liderança que é amplamente reconhecida, fruto da competência evidenciada pelos nossos dirigentes, atletas, treinadores e demais agentes desportivos, desde as mais mediáticas competições do futebol e futsal nacional, passando pelos escalões de formação, seja na vertente masculina como também feminina. Seria fastidioso estar aqui a enumerar todas as conquistas tão bem retratadas nesta edição da AFL Magazine e que, de forma continuada, vão engrandecendo e prestigiando os nossos clubes e por consequência a AFL. Um trajeto a todos os títulos notável, que a todos honra e que deve merecer o nosso maior aplauso. Porque os clubes são a razão da existência da nossa Associação. A fasquia está cada vez mais alta, mas estamos certos que os nossos clubes estarão à altura para, época após época, a sua superação seja o seu maior desafio.
Motivo de orgulho foi igualmente a participação da nossa seleção sénior na fase final da UEFA Regions Cup que decorreu recentemente na Corunha, na nossa vizinha Espanha. Se a vitória na competição era o único desiderato que nos poderia deixar com motivos plenos de regozijo, porque essa era a ambição de todos nós, não podemos deixar de enaltecer aquilo que foi a prestação, não só desportiva como social, de toda a nossa comitiva. Só o facto de estar entre as oitos melhores seleções representativas do futebol amador dos países integrantes da UEFA é sintomático do excelente trabalho desenvolvido por todos quantos estiveram envolvidos no processo e do qual não pode ser dissociado o conjunto de clubes de onde eram oriundos os nossos jogadores. A todos o nosso reconhecido agradecimento, na certeza de que o símbolo que envergaram ao peito deixou marca em terras de “nuestros hermanos”.
Outro motivo de alegria para todos nós, foram os excelentes resultados alcançados pelos nossos árbitros. Promoções e mais promoções, revelam aquilo que tem sido a dedicação e esmero dos nossos responsáveis pelo setor. Uma época memorável que diz bem da qualidade e competência dos nossos árbitros.
“Last but not least” a futura “Vila do Futebol – Centro Desportivo da AFL” começa a dar passos firmes rumo à sua concretização. Filiados na AFL e Assembleia de Municipal de Mafra deram a sua anuência para que uma obra, por todos desejada, passe do sonho à realidade. Um objetivo do qual nunca nos desviámos, respeitando a vontade e interesses dos nossos clubes. Que teimam, sabe-se lá porquê, em manifestar confiança total nos órgãos sociais que lideram os destinos da AFL, qual reciprocidade singular de uma relação honesta e transparente. Que assim continue e que a afirmação dos nossos clubes seja uma constante. Porque nos seus “museus” há sempre espaço para mais um ou muitos mais troféus. Porque esse é o seu desígnio, o de vencer.
Uma época terminou e outra já está prestes a iniciar-se. É assim o ciclo da nossa vida, aquela que escolhemos, porque só isso nos completa, para além da vida pessoal, familiar e profissional. A nossa outra vida.
A todos quantos, mais uma vez, contribuíram decisivamente para uma temporada épica no nosso futebol os nossos sinceros parabéns, formulando votos para que 2023/2024 a sina seja a mesma.