Artigo de Opinião de Manuel Castelo, Presidente do Conselho Técnico da Associação de Futebol de Lisboa.
O Processo de Certificação da FPF teve início em janeiro de 2015, com o intuito de dar resposta à legislação prevista sobre esta matéria, Lei 28/98, de 26 de junho (entretanto substituída pela Lei 54/2017, de 14 de julho) – “Para efetuar o registo de Contratos de Formação Desportiva (CFD), na respetiva Federação, o Clube tem que obter a Certificação como Entidade Formadora.”. – Para além do imperativo legal, o processo assumiu desde o início o objetivo de avaliar, reconhecer e certificar a atividade de todas as Entidades que disponibilizam formação nas modalidades de futebol e futsal e, dessa forma, contribuir de forma decisiva para elevar os padrões de qualidade do processo de formação dos praticantes em Portugal.
Esta aposta da FPF, encontra-se, de certa forma, num estado de consolidação de processos e para o qual muito contribuíram as Associações Distritais e Regionais (ADR) através das Subcomissões de Certificação das ADR e do trabalho abnegado destas e dos elementos que as compõem.
Não poderei deixar de referir, enaltecer, reconhecer e agradecer o trabalho extraordinário e altamente meritório levado a cabo pelo José Ribeiro, Hugo Henriques, Marco Guerreiro e Castanheira de Oliveira, enquanto elementos da Subcomissão de Certificação da AFL, junto dos nossos clubes de forma a capacitarem os mesmos das ferramentas e conhecimentos necessários para que possam ser considerados entidades formadoras nas mais diversas classificações.
Poderemos identificar como Oportunidades, para todos aqueles que aderem a este processo de certificação: a melhoria dos aspetos organizacionais dos clubes; a melhoria da qualidade da sua formação e dos seus formadores; a melhoria das áreas da saúde e de segurança dos formandos/praticantes; a melhoria dos meios técnicos, sejam eles humanos, sejam eles de infraestruturação; a melhoria da qualidade da formação; e uma oportunidade não menos importante, que se trata da garantia destes clubes certificados estarem mais protegidos na questão da atribuição de verbas relacionadas com o mecanismo de compensação pela formação dos seus atletas.
Existem e estão bem presentes, ano após ano, Ameaças neste processo, desde logo, com maior predomínio, nos clubes que competem em âmbito distrital: a tentação para desistirem; para desconfiarem da bondade e das vantagens de estarem inseridos no processo de certificação; a dificuldade e disponibilidade dos meios humanos que um processo desta natureza exige; a volatilidade dos seus órgãos sociais e dos seus restantes quadros; o cansaço e a saturação!
Efetivamente existem estas ameaças e para fazer face às mesmas e relevar sim as Oportunidades atrás referidas, importa, a todos nós, ADR`s, Subcomissões de Certificação e essencialmente à FPF, perspetivar alguns Desafios: Desmaterializar e Desburocratizar processos; Simplificar métodos (não confundir simplificar com facilitar); Consolidar e Otimizar critérios da avaliação; Repensar alguns aspetos avaliativos e respetivas importâncias no contexto geral de apreciação das respetivas candidaturas; Aproximar as exigências inerentes ao processo de certificação, da realidade da maioria dos clubes que militam somente em âmbito distrital, e envolve-los em todo o processo.
A Subcomissão de Certificação da Associação de Futebol de Lisboa, ciente desta realidade, tem mantido sempre uma relação de proximidade e total disponibilidade para com todos os nossos associados que integram o processo de certificação, e queiram integrar, procurando envolvê-los em todas as fases do processo, mediante as regras e preceitos do mesmo e tudo fará para que o universo dos nossos clubes certificados seja, cada vez em maior quantidade, mas essencialmente em crescente qualidade.
Em cada um dos clubes certificados, da nossa Associação, deixamos uma palavra de apreço, agradecimento e reconhecimento!
Vejam nas Ameaças que vos surgem Desafios que vos conduzam à Oportunidade de alcançar a Excelência e o Sucesso.