Artigo de António Silva, vice-presidente da Associação de Futebol de Lisboa.
SELEÇÕES DISTRITAIS
Tiveram início no passado mês de outubro os trabalhos das seleções distritais de futebol e futsal na vertente masculina e feminina, para a época 2024 / 2025. A minha caminhada na AFL, a acompanhar seleções distritais, teve o seu início no ano de 1981.
Neste espaço de tempo, centenas de atletas do futebol e futsal, masculino e feminino, nos escalões de infantis até aos seniores, representaram a AFL, em vários torneios em que participaram. Hoje, mais do que nunca, os Torneios Interassociações nos escalões de formação são a porta aberta para as seleções nacionais.
Sempre tive o cuidado de recordar a importância e o privilégio de envergarem a camisola desta grande instituição – o que não está ao alcance de todos. E aos que têm esse prazer, e que são muitos, quando atingirem o topo da sua carreira desportiva, que é chegarem à seleção nacional, à semelhança dos muitos jogadores atualmente internacionais, que já por aqui passaram, nunca se esqueçam de que a primeira seleção que representaram foi a da AFL.
Para os sucessos alcançados muito se deve ao excelente trabalho que é desenvolvido nos clubes, não esquecendo todos aqueles que fizeram parte do staff da AFL, nas diversas funções e que ajudaram a contribuir para os êxitos alcançados.
Na presente época desportiva, a todos que vão envergar as nossas cores, desejo as maiores felicidades e que os objetivos traçados sejam alcançados.
ARBITRAGEM
Foi outra causa que abracei nas minhas funções desenvolvidas na AFL. Tive o privilégio de ser o responsável de vários cursos de candidatos a árbitros e ver muitos que tiveram os primeiros contatos com as leis de jogo na AFL, que atingiram as diversas categorias de árbitros nacionais, e alguns, o estatuto de árbitros internacionais. Para que tal tenha acontecido, será bom recordar o trabalho desenvolvido pelas comissões de apoio técnico, monitores e núcleos de árbitros, espalhados pelo distrito de Lisboa.
De realçar que fomos pioneiros nos cursos dirigidos a jovens dos 13 aos 17 anos, os quais podiam ser, simultaneamente, jogadores federados e árbitros. Costuma-se dizer: sem árbitros não se realizam jogos? Não é verdade! No caso de os árbitros oficiais não comparecem, alguém da assistência tem que cumprir essa missão.
Ser árbitro não é uma tarefa fácil, mas sim aliciante de colaborar num jogo de futebol de acordo com o cumprimento das regras, contribuindo para a dignidade do mesmo. Futebol é paixão e espetáculo.
No entanto, para se ser árbitro são necessários alguns requisitos, tais como: gostar de futebol, ter motivação, ser cumpridor, rigoroso e aplicar as leis de jogo com bom senso, tendo sempre em atenção que existem sempre críticas a decisões tomadas, sejam elas justas ou injustas, dependendo do ângulo de que são analisadas.
Paralelamente e, de referir também, a melhoria de condições que foram colocadas ao serviço da arbitragem ao longo destes anos, tornaram a carreira de árbitro de futebol mais aliciante.
DIVERSOS
Muitas das mudanças que surgiram ao longo dos anos, como o início de novas provas de futebol de formação, futebol de cinco, futebol de sete, dos cursos de treinadores, cursos de massagistas, cursos de porteiros e fiscais, primeiros jogos desportivos de capitais de expressão portuguesa, em que colaborei como responsável, também se tornaram muito significativas.
Muito havia para contar, no entanto, estes são para mim os momentos mais marcantes dos retalhos da minha história em prol do Futebol e da Arbitragem, que partilho com os leitores.