Artigo de Opinião de Fábio Lourenço, vogal da direção da Associação de Futebol de Lisboa.
Como é público, vão realizar-se as eleições para a Federação Portuguesa de Futebol, organismo máximo que tutela todo o futebol em Portugal. Marcarão um momento que não se traduz no fim de um legado, mas sim no fim temporal do trabalho de uma equipa liderada por Fernando Gomes, a quem todos temos de agradecer.
Foram (ainda são) 12 anos de trabalho em prol de uma Federação que é reconhecida internacionalmente pelos resultados desportivos. Um trabalho notável que foi construído ao longo do tempo e que culmina com um louvável reconhecimento, por todas as entidades ligadas ao Desporto e não só.
Fernando Gomes construiu muito mais que “Futebol”. Alicerçou-o de forma a continuar um caminho de sucesso, de vitórias dentro e fora de campo. Conseguiu unir Portugal em torno de uma equipa; conseguiu bater recordes de assistência em jogos da Seleção Feminina; fez crescer o número de atletas; não esqueceu os clubes no contexto da enfermidade mundial Covid19; apoiou a construção de infraestruturas dos clubes; aumentou o apoio aos Sócios de Classe e ADR’s; criou o Canal 11 e a Portugal Football School; entre tantos outros projetos vencedores.
Portugal tem a agradecer o empenho, dedicação e trabalho de Fernando Gomes e de uma vasta equipa que diariamente construiu estruturas físicas e não físicas, que marcam sem dúvida a história do futebol português.
O trabalho ficará eternizado e imprimido em cada canto onde se respire futebol. Como alguém um dia disse, “basta não mexer” para continuar a ser um legado vencedor, mas tenho a certeza de que a dinâmica só poderá ser uma, continuar a trabalhar por Portugal.
Deverá contemplar um compromisso, sem desculpas, focado nos resultados, perseverante, um verdadeiro querer com constância e não um mero interesse. Tenho a certeza de que o próximo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol vai potenciar o futebol, o futsal e o futebol praia, colmatando as dificuldades do distrital e abraçando os desafios do profissional. Acredito que irá estimular o que melhor fazem os Sócios de Classe e todas as Associações Distritais.
Pegará no legado para o transformar, adaptando-o às novas necessidades e aos novos desafios, unindo as pessoas em torno de uma causa, uma Federação para Todos.