Depois de no dia de ontem a Federação Portuguesa de Futebol ter anunciado o Estádio Municipal de Coimbra como o palco definido para a disputa da final da Taça de Portugal, no próximo dia 1 de Agosto, a Associação de Futebol de Lisboa não pode deixar de lavrar o seu veemente lamento pela decisão ora tomada. Não só porque as razões que alegadamente fundamentaram esta deliberação, assentes nos requisitos impostos pela Direção-Geral de Saúde derivado do momento pandémico que estamos a atravessar carecem de justificações plausíveis – até porque o jogo se irá disputar à porta fechada, logo, tem o Estádio Nacional todas as condições físicas e de segurança para ali se poder realizar – mas também porque não podemos aceitar que o percurso normal da história da Taça de Portugal seja desta forma suspenso.
Desde 1946, dois anos após a sua inauguração, que o Estádio Nacional tem sido o local por excelência para o derradeiro jogo da Taça de Portugal, pese embora algumas exceções que se verificaram motivadas por razões que talvez ainda hoje estejam por conhecer, e que apenas vieram confirmar o velho ditado de que “a exceção confirma a regra”. E a regra é só uma: a Final da Taça de Portugal é para ser disputada no Estádio Nacional. É este o seu lugar por direito próprio. É por isso que a Associação de Futebol de Lisboa irá continuar a lutar, independentemente da origem dos clubes que a venham a disputar.
Que esta alteração agora concretizada seja apenas um momento. Fruto de outro momento. Que ninguém desejaria estar a viver.
A Taça de Portugal é de um país. De uma nação. Mas a sua casa é o Estádio Nacional. Inquestionavelmente. Como também é a Casa dos Adeptos. Do futebol. De todos os clubes.
Que seja apenas um até já!